Chegada causa impacto

Chegada causa impacto   


Tudo o que aconteceu na chegada dos portugueses a América.

 Do século XV ao XVIII, navegadores europeus ultrapassaram as fronteiras de seu continente e expandiram-se pelo mundo. Diversas regiões da África e da Ásia foram alcançadas e exploradas, até que cruzando o Oceano Atlântico chegaram a América.
 A chegada de Colombo à América, em 1492, teve grande impacto tanto entre os indígenas quanto entre os europeus, representando um "confronto de duas humanidades".
Durante os primeiros anos de contato, os portugueses utilizavam as terras apenas a fim de retirar recursos naturais para revendê-los na Europa e mantinham bom relacionamento com os nativos, que lhes forneciam pau-brasil, pimenta, papagaios e índios escravizados em troca de enxadas, facas, foices espelhos e outros objetos.
Ao longo do litoral brasileiro foram construídas, pelos portugueses, feitorias, que armazenavam os objetos de troca. Os portugueses que viviam no Brasil dependiam da relação estabelecida com os nativos, que lhes garantiam alimentação e segurança.
D. João III optou por dividir o Brasil em grandes faixas de terras, chamadas Capitanias Hereditárias, e doá-las a pessoas que pudessem colaborar com o povoamento. As pessoas responsáveis por algum pedaço de terra eram chamadas de donatários. Algumas tribos se mostraram bastante hostis aos portugueses e resistiram com violência à nova imposição territorial. Não foram poucos os casos de enfrentamentos e mortes entre colonos e índios.                                                                           
As armas dos conquistadores europeus eram superiores, em eficiência e alcance, às dos povos indígenas da América. Essa superioridade verificou-se no uso da pólvora, do cavalo e do aço. Com as armas de fogo, os conquistadores espanhóis e portugueses evitavam o combate corpo a corpo. Além disso, todas essas armas, desconhecidas dos povos indígenas, provocavam-lhes enorme surpresa quando disparadas devido à explosão. Os cavalos, muito utilizados pelos conquistadores espanhóis, permitiam-lhes grande mobilidade durante os combates. Esse animal, também desconhecido dos povos da América, causava-lhes grande pavor. As armas feitas de aço , por serem resistentes, davam aos conquistadores mais recursos tanto para a defesa quanto para o ataque. Já as principais armas empregadas pelos povos indígenas eram arcos, flechas envenenadas, pedras, lanças, machados e atiradeiras de pedra. Quase todos os indígenas foram mortos e seus corpos espalhados por seis quilômetros de praia. Os europeus também impuseram aos povos americanos costumes que afetaram profundamente a sobrevivência de suas comunidades.                                                                                                                                       
Na América espanhola e na América portuguesa (Brasil), populações indígenas inteiras foram removidas de suas regiões de origem para trabalhar como escravos para os conquistadores. Fora de seu meio natural, essas populações sofreram com as mudanças no tipo de alimentação e no ritmo de trabalho. Enfim, a organização social e produtiva indígena foi desestruturada.                          
Hoje, no Brasil, vivem cerca de 460 mil índios, distribuídos entre 225 sociedades indígenas, que perfazem cerca de 0,25% da população brasileira. Cabe esclarecer que este dado populacional considera somente aqueles indígenas que vivem em aldeias, havendo estimativas de que, além destes, há entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas. Há também 63 referências de índios ainda não contatados, além de existirem grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista.

Reportagem feita por Lucas Galaverna.

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